Uma versão da Alexa reformulada com nova tecnologia de IA generativa poderia “aprender” com suas rotinas e atender a solicitações mais avançadas, de acordo com a Reuters.
A Amazon está prestes a dar um passo significativo na evolução de sua assistente de voz, a Alexa, com a integração de tecnologia de inteligência artificial (IA) generativa. Com esta nova atualização, a empresa planeja oferecer um serviço ainda mais sofisticado, que poderá custar até R$59,90 por mês. Essa versão paga promete aprender com as rotinas dos usuários e responder a comandos mais complexos, oferecendo uma experiência personalizada e proativa, segundo informações divulgadas pela Reuters.
A ideia de cobrar por uma versão mais avançada da Alexa não é totalmente nova. Em declarações anteriores, David Limp, que foi vice-presidente sênior de dispositivos e serviços da Amazon, sugeriu a possibilidade de um serviço premium da Alexa. Agora, com as recentes revelações, o custo desse serviço começa a se delinear, ficando entre R$ 25,00 e R$ 59,90 mensais, além da assinatura Prime. Essa cobrança adicional reflete a aposta da Amazon na oferta de funcionalidades exclusivas para os usuários dispostos a pagar por uma experiência mais avançada.
A nova Alexa, que deve ser lançada em agosto, está sendo apresentada como uma tentativa da Amazon de renovar e revitalizar sua assistente de voz, em um mercado cada vez mais competitivo. De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, essa atualização é vista como uma “tentativa desesperada” da empresa de se manter relevante e competitiva frente a outras gigantes da tecnologia que também estão investindo pesado em IA.
Entre as principais novidades da versão paga da Alexa, está a possibilidade de eliminar a necessidade de dizer “Alexa” antes de cada comando, tornando a interação mais natural e fluida. Além disso, a assistente será capaz de realizar múltiplas tarefas em uma única solicitação. Por exemplo, um usuário poderá pedir à Alexa para escrever um e-mail e, ao mesmo tempo, solicitar comida para viagem através do Uber Eats, tudo em um único comando. Essa capacidade de executar tarefas simultâneas é um dos diferenciais que a Amazon espera que conquiste os usuários.
Enquanto isso, a versão gratuita da Alexa continuará disponível, mas com algumas limitações em relação à versão paga. A Amazon planeja implementar novos recursos de IA generativa também na versão básica, mas funcionalidades mais avançadas, como as mencionadas anteriormente, estarão restritas aos assinantes. Isso cria uma clara distinção entre os dois serviços, incentivando os usuários a migrarem para o modelo pago para aproveitar ao máximo as inovações oferecidas.
A integração da IA na Alexa permitirá, por exemplo, que os usuários façam perguntas mais complexas e específicas, relacionadas a compras ou atividades cotidianas. Um exemplo citado é a possibilidade de perguntar que tipo de chapéu e luvas são mais adequados para uma viagem de escalada, algo que o chatbot de compras da Amazon, Rufus, já oferece atualmente. Essa funcionalidade pode ser especialmente útil para usuários que buscam orientações personalizadas e precisas em suas atividades diárias.
A Amazon, ao ser questionada sobre essa nova fase da Alexa, direcionou o site The Verge à declaração que forneceu à Reuters. Nessa declaração, a empresa ressaltou que já integrou IA generativa em diferentes componentes da Alexa e está trabalhando para expandir essa tecnologia para mais de meio bilhão de dispositivos habilitados para Alexa ao redor do mundo. O objetivo é oferecer uma assistência cada vez mais proativa, personalizada e confiável para os clientes.
Nos últimos meses, a Amazon tem intensificado seus esforços para aprimorar a Alexa e competir com outros gigantes da tecnologia, como OpenAI, Google e Microsoft, que também têm investido pesadamente em IA. Até mesmo a Apple, conhecida por sua Siri, entrou nessa corrida tecnológica, com planos de lançar uma versão renovada de sua assistente de voz no iOS 18. A Amazon já começou a testar elementos da nova IA da Alexa, permitindo que os usuários interessados se inscrevam em uma lista de espera simplesmente dizendo: “Alexa, vamos conversar”.
Essa movimentação da Amazon sinaliza uma nova era para as assistentes de voz, onde a personalização e a pro-atividade, impulsionadas pela IA, serão os principais diferenciais para conquistar e reter usuários em um mercado cada vez mais competitivo.